domingo, maio 25

Entrevista de Catherine Anderson ao Rincón de La Novela Romántica

Catherine Anderson é uma escritora que me cativou com suas histórias cheias de personagens fortes, sofridos e que me vem comovendo há algum tempo. Sempre vou me lembrar da primeira vez que topei com o Livro A canção de Annie, que li em espanhol e me encantei. Que livro maravilhoso e tão diferente de tudo que já tinha lido! Após esta leitura cativante, fui conhecer a Série Comanche e cada história me tocou, me fez sofrer e chorar. Que escritora é esta que me comove com suas historias com seus personagens tão díspares?. Aqui e agora, você vai conhecer um pouco dessa escritora que o Brasil precisa conhecer e apreciar. Esta entrevista ocorreu em 06 Setembro 2010, na ocasião do aniversário do site El Rincón de La novela Romántica, do qual sou uma grande fã  por me proporcionar tantas coisas boas com suas publicações.O ultimo livro que li foi Early Dawn, com a mesma carga de emoção e sofrimento que a Amy Masters de Coração Comanche sofreu, um pouquinho mais leve, mas que não deixa de ser triste e comovente. Bem então vamos a entrevista:
Olá Catherine! Estamos encantadas em falar contigo. Em Espanha acaba de publicar Lua comanche. As leitoras espanholas têm esperado durante muito tempo para poder ler teus livros em nosso idioma e estamos muito felizes.
Por esta razão, é uma grande honra para El Rincón de la novela romântica poder entrevistar-te. Muito obrigada por concordar!
Olá a todas. Muito obrigada por me convidarem para esta entrevista. É um grande honra falar com minhas amigas e leitoras de Espanha.
Como dizíamos antes, temos esperado muito para ler as novelas de Catherine Anderson. Mas, em realidade, já conhecíamos um pouco de ti e tuas novelas. Sabemos que eres uma escritora muito querida em Estados Unidos e que tardaste muito tempo em ver publicadas tuas novelas. Algo que nos surpreende um pouco, nos custa crê que antes nenhum editor se interessara. Por que você levou tanto tempo a publicar? Poderias nos contar um pouco como foi teu início como escritora, por favor?
Creio que a maioria dos escritores custa um tempo atrair a atenção de uma editora e vender uma mostra de seu trabalho. Em meu caso, meu primeiro envio a Harlequin foi finalmente comprado, mas passaram quase dois anos até então e, quando isso sucedeu, tive que revisar a historia para Harlequin Intriga.
Escrevi meus quatro primeiros livros publicados para Harlequin, em concreto para a série Intriga, o que supus uma grande aprendizagem para mim. Em qualquer caso, as historias deviam ser curtas e apressadas, o que achei que me limitava muito. Queria escrever novelas mais extensas, concentrar-me mais em dois personagens principais e desenvolver a historia de amor destes de maneira mais profunda. Enquanto escrevia para Harlequin comecei a esboçar Lua comanche, e rapidamente me percatei que não sabia o suficiente sobre esta tribo, assim que passei quatro anos pesquisando em profundidade sobre a tribo Comanche.
Finalmente, quando termine Lua Comanche, meu agente  a enviou a praticamente todas as editoras que havia então. Tristemente, a historia foi recusada uma e outra vez porque rompia todas as normas estabelecidas para a novela romântica. Um par de editores me pediram que mudasse a historia para ajustá-la as pautas de então, mas me neguei. Finalmente, Lua comanche foi comprada por Harper Collins para uma nova série de ficção para mulheres que daria acolhida a uma mostra de diferentes classes de historias. Lua Comanche foi muito bem recebida pelas leitoras, continua sendo uma das favoritas de milhares delas e, todavia está vendendo bem como uma reedição de New American Librari.
Quando olho para trás, para minha carreira, sempre sentirei que Lua Comanche estabeleceu as bases e lançou minha carreira como escritora.
E, em relação, as perguntas anteriores, queremos fazer-te uma mais. Quais são os desafios aos que se enfrenta uma escritora de novela romântica?
Para mim, o gênero romântico é o único gênero. Não creio que haja desafios concretos  para a romântica que não existam também para qualquer outro gênero. O objetivo para qualquer escritor é criar uma historia interessante e personagens com os quais os leitores possam identificar-se. Sem estes elementos em um livro, sem ter em conta o gênero ao que pertence, a falha é quase certa.
Quantas novelas românticas têm escrito até agora?
Até agora tenho escrito acima das trinta.
Que podes contar as leitoras espanholas sobre Lua Comanche? Gostaria-nos saber como foi o processo de escrevê-la. Quanto tempo você tardou em escrevê-la e quanta documentação foi necessária para isto?
Pesquisar para escrever Lua Comanche requereu quatro anos. Enquanto investigava, fui esboçando e escrevendo a historia, que revisei constantemente segundo ia aprendendo novos fatos e dados sobre a tribo dos nativos americanos. Queria retratar minuciosamente a tribo Comanche, seus costumes, suas reuniões sociais, suas crenças espirituais, e para lográ-lo, tive que estudá-los em profundidade. Naquela época, encontrar livros com documentação sobre os Comanches era muito mais difícil que agora, com a internet. Para aprender o idioma deles tive que colher fragmentos e peças dele, de alguns documentos do governo dos Estados Unidos, de algumas busca de em livros, e alguns outros de pequenos glossários com os quais tropecei.
Esta é uma pergunta “obrigada”, Catherine. De onde nascem as ideais para tuas novelas?
Encontro minhas ideias em qualquer parte, nos periódicos ou artigos de uma revista, observando a gente, de canções que ouço no rádio, e às vezes somente de minha imaginação.
Uma das razões pelas que nos calam tuas novelas é por esta dose de emoção e sofrimento que as caracteriza. Resulta-te difícil escrever sobre sentimentos tão crus, emoções a flor de pele, emoções que desnudam a alma de teus personagens?Hás chorado alguma vez enquanto escrevias alguma de tuas novelas?
O que seria difícil para mim como escritora seria escrever um livro desprovido das mais profundas emoções. Honestamente, duvido que possa fazer isto. E sim, a miúde aparecem lágrimas em meus olhos enquanto escrevo certas cenas cheias de sentimentos. É então quando sei que estou afirmando os cravos e escrevendo uma historia com que alguém mais poderia desfrutar.
Alguns de teus livros ocupam um lugar especial em teu coração? Por quê? Tens algum personagem preferido de tuas novelas?
Lua Comanche sempre ocupará um lugar especial em meu coração porque ele criou o marco de minha carreira como escritora. Também creio que Lua comanche atuou um grande papel nos movimentos e mudanças produzidos no gênero romântico, lançando abaixo as barreiras que previamente haviam impedido aos escritores de publicar novelas românticas mais realistas.
Uma vez dito isso, sem embargo, adoro cada livro que escrevo e quero a cada personagem que desenvolvo. Isso é muito similar a perguntar a uma mãe qual de seus filhos é seu favorito. É uma pergunta que encontro muito difícil de responder. Nomearia um livro, logo outro, e pronto estaria nomeando todos os que tenho.
Outra coisa que nos impacta sobre tuas novelas são os protagonistas. A miúde são pessoas que hão sofrido alguma experiência traumática, abusos, que sofreu de deficiências... Por que escolhes este tipo de heróis e heroínas?
Creio que o amor de verdade e as historias de amor são possíveis para todo o mundo e, a miúde, me desgosto quando leio livros sobre pessoas de beleza perfeita que não tem problemas sérios que enfrentar. Não conheço a ninguém assim na vida real, e si o fizesse provavelmente não me preocuparia por ele ou por ela. As pessoas que encontro em meu mundo não são fisicamente perfeitas. Podem ser muito atrativas, mas no fundo de seus corações, tem sentimentos que os coíbem por uma imperfeição real ou imaginária. E a gente sempre tem problemas. Se falares com alguém durante tempo suficiente, normalmente acabarão aludindo a isto. Existem poucas pessoas que nunca sofreram dor ou um trauma de qualquer outra classe. Assim que suponho que minha resposta a esta pergunta é que prefiro escrever historias realistas, e como escritora me nego a limitar-me a escrever sobre pessoas guapas que nunca terão uma razão para derramar uma lágrima. Para mim, o amor é uma emoção mágica que pode mover montanhas e obrar toda classe de milagres. Isso é o que quero comunicar com minhas historias, que pessoas com defeitos, que há sofrido pena e dor, podem encontrar o amor verdadeiro e para sempre. 
Catherine, hás escrito tanto novelas históricas românticas como contemporâneas, mas qual preferes?
Adoro tanto a novela histórica como a contemporânea. Escrever sobre cada uma delas me dá oportunidade de seguir e manter viva minha criatividade. Os tempos mudam, as costumes e as crenças mudam, e a moral social muda, mas as emoções do coração humano permanecem inalteráveis durante séculos. Desfruto escrevendo sobre o amor e criando historias românticas, sem importar em que época.
Quais são teus livros e autores preferidos, tanto românticos como de outros gêneros? Que livros ou autores hão influído em ti como escritora?
Estas são perguntas que sempre declino responder. Tenho meus autores preferidos e um par deles me hão estendido uma mão   ao longo dos anos. Mas tenho muitos conhecidos dentro da indústria e sempre tenho me conscientizado para não ofender a nenhum deles. Se nomear aos meus autores preferidos e deixo o nome de alguns amigos... Bem, imagina o panorama. Não desejo ferir a ninguém por omiti-lo.
Gostam-nos muito as declarações de amor de tuas novelas. São inolvidáveis. Mas qual é tua preferida?
Como disse antes, realmente, não tenho uma novela favorita, uma cena, ou personagens, mas algumas declarações de amor hão resultado mais divertidas de escrever, suponho. Em Summer Breeze, a carta de Joseph Paxton, em sua velhice, a seu mulher Rachel foi especialmente significativa para mim, e muitas leitoras me escreveram para dizer-me quanto haviam chorado ao lê-la.
Catherine, não queremos terminar esta entrevista sem agradecer-te que hajas respondido a todas nossas perguntas e hajas permitido, assim, que as leitoras espanholas conheçam mais de ti e teu trabalho. Gostaríamos de oferecer-te a oportunidade de que dediques umas palavras ao Rincón de la novela romântica por nosso aniversario e que, por suposto, adiciones qualquer outra coisa que desejes dizer nesta entrevista.
Quero dar graças ao Rincón de La Novela Romântica por esta grande honra e fazer chegar minha gratitude por este convite. Espero que todas vocês aguardeis pela publicação de Comanche heart (Coração Comanche)Indigo blue e Comanche magic (Magia Comanche). Também estejam atentas a minha próxima publicação, Here to stay, prevista para fevereiro de 2011.
Antes de despedir-me, desejo ao Rincón de la Novela Romântica uma maravilhosa celebração de aniversario e estarei aguardando outra  oportunidade para falar com vocês, algum dia.

Meus melhores desejos, Catherine Anderson.

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