PRIMEIRA LENDA
Conta esta lenda
acerca de uma garota chamada Maria e seu pequeno irmão Pablo. Eram muito pobres,
mas sempre esperavam a festa de Natal. Todos os anos, na igreja do povoado se
preparava um grande presépio e os dias prévios a Natal o lugar se enchia de
desfiles e festas. Às duas crianças lhes encantava a Natal, mas sempre se
entristeciam porque não tinham dinheiro para comprar presentes. Sobretudo os dois
desejavam oferecer algo à igreja para o Menino Jesus. Mas não tinham nada.
Uma noite de Natal,
Maria e Pablo partiram para a igreja para assistir à celebração. No caminho, cortaram
algumas ervas que creiam ao largo da orla do caminho e decidiram oferecê-lo
como presente ao Menino Jesus no presépio. Não tinham nada melhor para presenteá-lo.
Ainda que as
outras crianças burlassem deles quando chegaram com seu humilde presente, Maria
e Pablo não disseram nada porque sabiam que haviam dado o que melhor podiam oferecer.
Em troca, se dedicaram com muito esmero a colocar prolixamente as plantas
verdes ao redor do presépio. E foi então que sucedeu o milagre: os extremos de
cada folha verde se foram convertendo em brilhantes pétalas vermelhas, e pronto
o presépio ficou rodeado de formosas flores em forma de estrela, tal qual as
conhecemos hoje.
SEGUNDA LENDA
Fala esta lenda
sobre Pepita, uma menina mexicana muito pobre que não tinha um presente para oferecer
ao Menino Jesus durante as celebrações de Natal. Enquanto Pepita caminhava
lentamente para a capela com seu primo Pedro, seu coração estava muito triste.
- Pepita, - lhe disse
Pedro para consolá-la, - estou seguro que ainda o mais humilde presente, si é oferecido
com amor, será mais que bem vindo ante seus olhos.
Já no sabendo que outra
coisa fazer, Pepita se ajoelhou ao lado do caminho e recolheu um punhado de ervas
e lhe deu a forma de um ramo. Mas mirando de canto do olho seu ramo de ervas
daninha, Pepita se sentiu ainda mais triste e envergonhada que nunca pela humildade
de seu oferecimento e quando ingressou na pequena capela do lugar não pode
evitar que lhe escapara uma lágrima.
À medida que se
acercava ao altar, ia recordando as amáveis palavras de Pedro: "Ainda o mais
humilde presente, si é oferecido com amor, será mais que bem vindo ante seus olhos".
Sem embargo, ela sentiu que seu espírito se elevava enquanto se ajoelhava para
colocar o ramo aos pés da cena da natividade.
De repente, o ramalhete
de ervas estalou em flores de cor vermelha intenso, e todos os que o viram estavam
seguros de estar presenciando um milagre de Natal ante seus próprios olhos.
A partir desse dia,
essas flores vermelhas brilhantes ficaram conhecidas como as "Flores de Natal"
e nunca deixaram de florescer em cada Natal.
Poinsettia