Al cerrar la puerta/ Entre quatro paredes/ Behind Closed Doors - B.A. Paris
Personagens: Jack, Grace e Millie
😍: 4 /5 stars
É o primeiro livro que leio desta autora. Li em um dia.
Aqui também passado e presente se mesclam. Narrada em primeira pessoa.
O que se nota e sente à primeira vista, logo nas primeiras linhas uma visível tensão na protagonista.
A vida do feliz casal é de causar inveja. Ele, bonito e cativante; ela, dona de casa, que só vive para o lar e para satisfazer o marido.
Bem, vejamos:
Grace tem 32 anos e uma vida que todos admiram, um marido apaixonado -Jack, glamour e viagens. E uma irmã com síndrome de Down com a qual se preocupar.
Jack é o típico advogado famoso, que nunca perdeu uma causa e defende ironicamente as mulheres maltratadas pelos maridos...
Ela se apaixonou à primeira vista.
Ele é de uma atenciosidade sem tamanho e educado também.
Ela tem carinho imenso e é responsável pela irmã, já que os pais queriam dá-la para adoção e Grace não o permitiu.
Questionamentos que me fiz inicialmente:
Quem era ele realmente, já que era uma pessoa cativante?
Que escondia sob aquela fachada?
Que tipo de maldade ele fazia com ela? Maus-tratos ou violência psicológica?
Que papel Esther desempenharia aqui?
Millie caíra acidentalmente?
Fechando as portas
A comida era racionada, comia quando ele levava e se ela errasse em algo ou se manifestasse publicamente era punida.
E passava dias sem comer, as vezes só com água.
Incomunicável, sem nada que pudesse usar para se comunicar.
Isolada num quarto minúsculo com janela com barras de ferro.
Só saía com ele.
Quando começou - na viajem da lua de mel, Grace descobriu o horror e o porque do seu casamento. o verdadeiro carácter do marido aparece e quando tenta fugir, descobre que o marido está sempre um passo à frente preparado para o que ela possa dizer. Pelas reações histéricas que tem, só confirma o que ele diz dela.
Assim pela irmã (foco principal de Jack) ela suporta tudo: fome, as raras saídas com ele grudado nela, já que passa dias sem fazer nada num quarto onde não faz nada e nem sabe as horas, e as palavras que a deixam em constante tensão e modo como as usa para atingi-la e conseguir que fique apavorada.
A cada intento de fuga mais e mais violência psicológica acontece.
Sem saber como agir para se libertar e para salvar a irmã, tenta de todas as formas conseguir ultrapassar suas maquinações. Mais sua constante presença e as ameaças a vida da irmã, faz com que continue agindo como ele quer. No entanto, é Millie que a surpreende, ao lhe falar algo que a deixa estarrecida e assustada e mais decidida a encontrar uma maneira de libertá-las.
Ao cerrar a porta
É a partir daí que elabora uma plano, em que Millie e Esther terão papéis importantes.
QUOTES:
“Choro ainda mais, pensando em como poderia ter sido, em como pensei que seria. Pela primeira vez, quero desistir, morrer, porque de repente tudo é demais e não há solução à vista ”.
"Ele se orgulha de dizer apenas a verdade, e gosta porque eu sou a única que entende o significado por trás de suas palavras."
"Medo", ele sussurrou. "Não há nada como isso. Eu amo como isso parece, eu amo como se sente isso, eu amo como isso cheira. E eu particularmente adoro o som disso. Senti sua língua na minha bochecha. "Eu até adoro o sabor disso"
"Eu olho em volta para todos rindo e brincando juntos e luto para entender porque minha vida se tornou um inferno que ninguém presente poderia sequer começar a imaginar."
"O medo é o melhor método de dissuasão de todos."
Deixo ao leitor a descoberta como termina porque não posso dar mais spoiler do que já dei. Mas, o final é comovente e desejei que tivesse um epílogo... para fechar com chave de ouro.
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