A Lenda dos Quatro soldados
Epílogo: Jasper e Melisande
Abril - 1766
A dor tomou conta dela, forte e implacável, apertando-a
como um punho gigante. Melisande fechou os olhos, e permaneceu manejando isto,
mesmo quando a contração se aprofundou, até que de repente se foi.
Ela exalou, ao mesmo tempo em que o homem ao seu lado.
Melisande abriu os olhos e se encontrou com um preocupado
olhar turquesa.
– Talvez seja a hora de você ir, meu senhor –, a parteira
aconselhou hesitante.
Os olhos de Jasper nunca a abandonaram. Ele sorriu com
facilidade, embora ele estivesse tão pálido que o verde tingido as bordas de
seu rosto. – E perder a aspecto do próximo Visconde Vale? Acho que não. –
Ele insistiu em ficar com ela, mesmo que ele estivesse
claramente sofrendo com cada dor do parto que a sacudia. Melisande sentiu uma
onda de amor inundando-a, trazendo a picada de lágrimas aos seus olhos. E
depois outra dor do parto a apanhou, afugentando seus pensamentos.
Quando conseguiu falar novamente, ela abriu os olhos,
olhando para o rosto preocupado de Jasper. – Se for uma menina, eu gostaria que
você a chamasse de Emeline.
–Bobagem –, ele repreendeu suavemente, seu lábio superior
brilhando de suor. – O nome da minha tia-avó foi Aethelflaed e eu acho que
faria um nome extraordinariamente esplêndido para uma menina. –
Melisande fechou os olhos enquanto outra dor a golpeou.
Ela estava em trabalho de parto há um dia e uma noite e ela sentia suas forças abandonando-a
com cada onda de agonia. Jasper estivera provocando-a com nomes horríveis do
bebê durante todo seu confinamento, mas ele tinha que perceber que ela estava
falando sério agora.
– Meu amor –, ela começou como ela abriu os olhos. – O
nome de uma menina é muito importante, –.
Ele colocou um dedo suave em seus lábios. –Então nós
vamos ter que debater o assunto - juntos - uma vez que o bebê nascer.
Desespero apertou-lhe o coração. –Jasper –.
–Minha senhora esposa. – Ele colocou sua testa contra a
dela. –Você é a mulher mais forte que eu conheço. Meu coração bate dentro do
seu peito, tão certo como o seu próprio. Guarde esses corações e mantenha-os seguros,
para o nosso bem –.
E então uma onda de dor percorreu-a tão fortemente, sua
parte superior do corpo arqueado para fora da cama. O corpo dela contraiu e ela
agarrou a mão de Jasper enquanto lutava para empurrar o pequeno invasor de seu
corpo. Vagamente, ela ouviu a parteira murmurando palavras encorajadoras, mas
toda a sua concentração toda a sua alma estava inclinada na presente tarefa
monumental.
Quando o bebê escorregou de seu corpo todo de uma vez,
ela sentiu uma onda de gratidão e euforia. Um grito delicado encheu a sala. De repente,
viu-se ofegante de tanto rir.
Ela abriu os olhos e encontrou o olhar turquesa
fabulosamente brilhante de Jasper.
– Meu amor, minha esposa, você fez isso, – ele sussurrou.
– Uma menina, meu senhor –, disse a parteira, passando uma
trouxa para ele.
Jasper pegou o bebê sem jeito. –De fato, assim é.
Ele olhou para baixo, para o bebê como se inspecionasse uma
forma de vida nova e estranha, antes de beijá-la com ternura na testa. Ele
colocou o bebê nos braços de Melisande.
– Oh, me ajude –, disse Melisande.
Ela se esforçou para sentar-se com a ajuda de Jasper e
então olhou para seu bebê. Ela era uma coisinha enrugada vermelha, com algumas
mechas úmidas de cabelo escuro grudada na sua cabeça. Melisande passou a mão
sobre as orelhas e o pescoço, examinou cada dedo minúsculo, e viu como os olhos
azuis da meia-noite abriram-se. Este era o seu filho - dela e de Jasper e o amor
brotou dentro de seu peito, novo e avassalador.
O bebê chorou.
Melisande abriu a camisola e colocou a menina para seu
peito.
– Oh, minha senhora –, disse a parteira com um toque de
desaprovação. – A ama de leite aguarda apenas na outra sala.
– Deixe-a esperar –, Jasper respondeu, sem tirar os olhos
do bebê.
Melisande sorriu para ele, amando a proteção paterna em
seu tom.
Passou-se mais uma hora ou assim antes que tudo fosse
limpo após o nascimento . Quando a parteira e as servas finalmente saíram,
Melisande sentiu a cama afundar como seu marido se arrastou cansado ao lado
dela.
Ela olhou para cima, surpresa. –Eu pensei que você ia
dormir no seu catre hoje à noite? – Eles mudaram a seu grande catre com tudo
que era almofadas e capas para a próxima sala, em preparação para o nascimento
do bebê. Isto estava no aposento de espera da viscondessa, e quase nunca usado.
– Onde você está é a minha casa, minha senhora esposa. –
Jasper bocejou. – Além disso, eu acho que eu poderia dormir em uma cama de
espinhos no momento.
Melisande sorriu, olhando para o bebê dormindo em seus
braços. –Ela é o bebê mais lindo do mundo, não é? –
–Sim–, disse que seu marido simplesmente. Ele se inclinou
sobre seu ombro, olhando o bebê também. –Tem certeza que você não está
interessado depois em dar-lhe o nome minha bisavó Dionysia Pernel? –
–Você está fazendo isso! Ninguém olharia para um pequeno
bebê e chamando-a de Dionísia Pernel –.
–Obviamente que nunca conheceu meu tatara-tatara-avô Dionysus
Pernel –.
Melisande deu-lhe uma olhada.
– Ah, tudo bem –, disse ele confortavelmente. – Emeline,
então?
Melisande assentiu, sentindo felicidade inchar em seu
peito.
– Ah, bom. –, Disse Jasper, sufocando outro enorme
bocejo. Deitou-se, puxando-a de volta contra o seu peito, encaixando suas
nádegas na curva de seu corpo. Ele beijou a bochecha de Melisande antes envolver
um braço sobre sua cintura e colocando uma mão protetora sobre a Emeline
dormindo.
E, em seguida, a nova família dormia.
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